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Miguel Simões troca direção-geral comercial da Global Media pela direção-geral adjunta do Observador

Carla Borges Ferreira,

O responsável "terá, entre outras responsabilidades, o pelouro comercial, com reporte e apoio direto ao atual diretor-geral, Rudolf Gruner, e sob orientação do conselho de administração executivo".

Miguel Simões, desde janeiro de 2021 diretor-geral comercial do Global Media Group, vai integrar, como diretor-geral adjunto, o Observador. O responsável “terá, entre outras responsabilidades, o pelouro comercial, com reporte e apoio direto ao atual diretor-geral, Rudolf Gruner, e sob orientação do conselho de administração executivo, presidido por António Carrapatoso“, lê-se no documento interno ao qual o +M teve acesso.

“O Observador lançou em 2014 o seu jornal digital, em 2016 acrescentou a área de negócio Co.lab de conteúdos para marcas, em 2018 criou uma empresa para as revistas de Lifestyle e lançou as assinaturas, e desde 2019 conta também com uma rádio, disponível em direto e em diferido, na forma de podcasts. Arrancando com uma equipa base de 40 pessoas, o nosso projeto nunca parou de crescer ao longo dos anos, contando atualmente com mais de 130 colaboradores”, prossegue o conselho de administração executivo.

A contratação de Miguel Simões surge na sequência da saída de Isabel Marques, diretora comercial desde o lançamento do título, há nove anos, que transitou para a RTP no início de abril, como avançou o +M. Agora, em vez de uma substituição direta, o Observador optou por uma solução “um bocadinho diferente”, explica Rudolf Gruner, diretor-geral da empresa.

Por um lado, explica o responsável ao +M, o próprio perfil de Miguel Simões. Com 48 anos, e licenciado em Gestão de Empresas pelo ISCTE, Miguel Simões foi diretor comercial do Expresso, do qual transitou para diretor comercial da TSF e de ativação de marcas do grupo dono do Jornal de Notícias, Diário de Notícias ou Record. Em janeiro de 2021 passou a direção-geral comercial do grupo, função que deixa agora para assumir, no dia 11, a função de diretor-geral adjunto do Observador. “Pelo seu perfil e momento de carreira, faz sentido que assuma maiores responsabilidades”, enquadra Gruner.

Depois, e principalmente, “fazia sentido na linha de evolução que temos tido“. A ideia, concretiza Rudolf Gruner, é então ter apoio na direção-geral da empresa que começou por um site e 40 pessoas e tem hoje cerca de 150 colaboradores, contando com a 510 e o Co.lab, e também a Rádio Observador. No “futuro podemos também dividir algumas responsabilidades“, acrescenta em conversa com o +M.

Por outro lado, com esta decisão, damos também “um certo empowerment à área comercial”. “Esse empowerment vai ser bom para a gestão da empresa como um todo”, prossegue Rudolf Gruner, tanto a nível externo como interno.

Internamente, concretiza, terá vantagens na relação “intensa e importante” entre a área comercial e a editorial – “sendo preciso fazer crescer o negócio sem abdicarmos da independência e regras do Estatuto do Jornalista” – e também na relação entre a publicidade e assinaturas, “na qual existe sempre tensão”. “As assinaturas querem fechar conteúdos e oferecer a melhor experiência – e com menos intrusão – aos assinantes. Quando fechamos conteúdos, temos menos pontos de contacto para a venda de publicidade“, descreve Gruner. “É importante que o Miguel Simões perceba os dois lados e entenda as decisões de gestão”, resume.

Com uma equipa comercial de 12 elementos, a função de diretor comercial não vai ser preenchida. A existência de um diretor-geral adjunto não traduz, assegura Rudolf Gruner, que a sua saída esteja a ser preparada. “Claramente não”, responde quanto questionado sobre este tema.

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